Comércio exterior: ações que podem melhorar o desempenho do Brasil

Comércio exterior: ações que podem melhorar o desempenho do Brasil

Nos últimos meses, vimos uma série de iniciativas por parte do governo brasileiro para aumentar a competitividade do país diante do cenário global. E o comércio exterior teve grande protagonismo nessa movimentação.

A primeira delas é a conclusão do Acordo de Regras de Origem, que estabelece novos parâmetros comerciais dentro do Mercosul. A outra é a assinatura do acordo de livre comércio entre o Mercosul e Singapura, o primeiro do bloco sul americano com um país asiático. São duas notícias que trazem muita animação e otimismo para o mercado brasileiro, pois quanto maior a circulação de moeda mais forte fica a economia.

Para que entenda melhor o papel dessas iniciativas nas tendências do próximo ano, trouxemos os detalhes mais importantes de cada um dos acordos. Desta forma, você poderá estudar novas estratégias de crescimento!

Regras de Origem fortalecem o Mercosul economicamente

Em julho deste ano, os países da cúpula do Mercosul se reuniram na Argentina para aprofundar a integração do bloco. A princípio, o objetivo principal era fortalecê-lo economicamente e aumentar sua competitividade no mercado mundial.

Neste encontro, começou a estruturação do novo Acordo de Regras de Origem, que foi concluído recentemente, como confirmou no último dia 27 o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A informação foi dada via vídeo, na participação do vice-presidente no 11° Fórum Empresarial do Mercosul, em Brasília.

De acordo com o ministro, o novo acordo trará medidas comerciais compatíveis com as melhores práticas internacionais. Isso porque simplifica normas e dinamiza os processos de negociação do bloco com parceiros comerciais. A uniformização dessas práticas também auxilia na previsibilidade do mercado, evitando o fechamento de acordos ruins. 

Uma das principais mudanças do Acordo é a quantidade de insumos adquiridos fora do Mercosul – utilizados para desenvolvimento de produtos industriaisindustrais e mercadorias agrícolas. Agora, para ser reconhecido como nacional, o produto deve conter no máximo 45% da sua matéria prima adquirida fora do bloco.

Por mais que pareça uma mudança pequena, a medida deve impactar produtores que hoje utilizam insumos de parceiros que não são latino-americanos. Logo, uma boa fatia de novos produtores poderá aproveitar as condições de taxação sobre produtos nacionais. 

“Essa flexibilização vale para 100% dos produtos industriais e 80,5% dos agrícolas. Os outros 19,5% tiveram o percentual mantido em 40%”, informou o ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Outro ponto que interessa às empresas brasileiras é o protocolo de compras públicas do Mercosul. Ele estabelece parâmetros que ajudam no crescimento inclusivo e sustentável dos países que o compõem, permitindo que todos os integrantes se desenvolvam de maneira contínua.

Decerto, isso ajuda no desenvolvimento conjunto de todos os países, pois o progresso de um levará à potencialização de seus vizinhos – e vice-versa. Para empreendedores de todos os setores, esse fator é de fundamental importância, principalmente por servir como fio condutor de modernização e ampliação dos territórios comerciais. 

O fato do Brasil estar na presidência pró labore do bloco ajuda bastante na busca por resultados favoráveis ao país. Afinal, o governo está fazendo bastante esforço para conquistar cada vez mais resultados positivos para o Mercosul, incluindo fechar acordos com União Europeia e Singapura.

Mercosul e Singapura encaminham assinatura do acordo de livre comércio

O Mercosul, sob presidência pró labore do Brasil, encaminhou na última semana de novembro a assinatura do acordo de livre comércio com Singapura.

O acordo será o primeiro do bloco sul-americano com um país asiático. Ele é visto como uma porta de entrada importante para novos mercados, principalmente, por ser uma região mais dinâmica da economia global.

Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, afirmou que a expectativa é de que o documento seja assinado no dia 7 de dezembro, quando haverá uma reunião entre chefes de Estado no Rio de Janeiro.

O acordo será o primeiro extrarregional a ser assinado em 12 anos e criará ótimas condições de negociação internacionais. Por ficar em uma região em plena efervescência econômica, o Brasil conseguirá trazer múltiplos investimentos, valorizando o faturamento das nossas empresas.

O texto do acordo

No texto, o Mercosul se compromete a “apoiar o crescimento e o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas, melhorando a sua capacidade de participar no acordo e beneficiar das oportunidades por ele criadas”. O tratado ainda prevê fortalecimento do comércio multilateral, ampliando o acesso de empresas brasileiras a territórios estrangeiros.

Desta forma, organizações nacionais têm uma oportunidade de melhorar sua competitividade no mercado internacional. Em condições justas de concorrência, elas terão apoio governamental e políticas mais justas de comércio. Isso irá ampliar as chances de firmar uma boa ponte com multinacionais e companhias orientais – que injetam muito dinheiro nos seus parceiros comerciais.

O texto ainda se afirma com a preservação ambiental. O acordo registra que ambas as partes se comprometem em desenvolver suas relações comerciais de maneira sustentável, com o menor impacto possível no meio ambiente.

Para as empresas brasileiras, estar em conformidade com a pauta ESG é fundamental para construção de sua autoridade perante o mercado internacional. Como no mercado atual o desenvolvimento sustentável é exigência básica, estar associado a isso é importante.

Outro ponto que deve animar bastante os brasileiros é o compromisso de Singapura em fortalecer o mercado sul-americano. Com esta abertura comercial, podemos esperar bastante investimento tecnológico a preços competitivos, o que fortaleceria nosso ritmo produtivo dando acesso a máquinas e ferramentas de última geração.

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O Comércio exterior teve grande protagonismo nos esforços do governo brasileiro para aumentar a competitividade do país diante do cenário global.