O mercado internacional é constituído por diversos tratados comerciais e negociações entre países diferentes. Esses acordos internacionais facilitam a circulação de moedas, tornam nossa economia mais competitiva, fortalecem empresas que atuam em mais de um país e permitem contornar certas burocracias que tornam negociações mais baratas e rápidas de serem concluídas.
E o Brasil possui diversos acordos comerciais, sendo a participação no bloco do Mercosul um dos mais famosos deles. Porém há também outros acordos feitos que visam facilitar a atuação de empresas no âmbito internacional.
Abaixo, conheça alguns dos acordos mais recentes e como eles impactam o comércio exterior!
Acordo econômico assinado em Abu Dhabi
No dia 25 de fevereiro, em reunião em Abu Dhabi, o Brasil assinou acordo com 121 países com o objetivo de fortalecer seu relacionamento com o mercado internacional e facilitar os investimentos entre as economias com obrigações sociais e ambientais.
A expectativa é que esse acordo incentive a entrada de capital e estimule o crescimento do país – nos levando a um crescimento de PIB de 2,1% em 5 anos. Além disso, especialistas estimam que mais de 160 mil postos de trabalho podem surgir no Brasil caso todo o potencial atrativo seja revertido na vinda de empresas estrangeiras.
Para o empresariado brasileiro, esse acordo reflete uma realidade muito mais atrativa para crescimento e expansão. Se o investimento estrangeiro for massivo no Brasil, muitas companhias nacionais serão beneficiadas. Logo, será necessário traçar estratégias para aproveitar da melhor maneira possível este incentivo, inclusive ganhando capital de influência para atuar em outro país.
Acordo Mercosul-União Europeia, intermediado pela Espanha
No dia 6 de março, o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, recebeu em Brasília o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que estava em visita oficial ao país. Entre os pontos abordados na conversa estava a implementação do acordo Mercosul-União Europeia, que aguarda apenas a assinatura de todos os países integrantes dos blocos para ser colocado em vigor.
O presidente da Espanha se mostrou bem positivo em relação a esta etapa e vê o acordo como necessário e benéfico para ambas as partes. Como Pedro ressaltou, a Guerra da Ucrânia evidenciou a necessidade de diversificação dos parceiros comerciais por parte dos países Europeus. Isso porque, ao visar outros continentes, as nações evitam que conflitos locais afetem negativamente os preços e a distribuição de mercadorias.
Para além das conversas sobre o tratado entre os blocos econômicos e outros assuntos relevantes – como sustentabilidade, educação e política externa – os presidentes de Brasil e Espanha trataram também sobre negócios e investimentos.
Pedro destacou que o Brasil aparece como um cenário atraente para empresas do setor energético engajadas com a temática da sustentabilidade, graças às políticas de preservação adotadas pelo país. Nesse aspecto, essas condições devem atrair companhias do setor, revelando uma ótima oportunidade para firmar parcerias com empresas nacionais atuantes na área.
Cooperação econômica Brasil-Catar
O Brasil é um dos principais fornecedores dos produtos que formam a base da alimentação no Catar. Logo, essa parceria comercial já vem solidificada há anos e agora dá mais um passo adiante com um novo acordo comercial.
O objetivo do acordo é fortalecer as relações comerciais entre ambos os países, possibilitando novos acordos futuros para as áreas agrícolas, industriais, de tecnologia, comunicação e construção. E esta relação é bilateral, ou seja, propõe benefícios fiscais e burocráticos tanto para exportação quanto para importação.
Um dos 12 artigos que compõem o texto estabelece que os dois países devem incentivar e facilitar o transporte de mercadorias entre si, ou seja, propor taxações mais convidativas e condições de exportação simplificadas.
Esta é uma ótima condição para empresas nacionais que desejam exportar ou importar mercadorias do Catar, um dos principais polos econômicos do mundo. Afinal, trata-se de um país de grande potencial mercadológico.
Por se tratar de um dos principais centros de inovação e empreendedorismo global, o Catar também se comprometeu com a facilitação da participação de empresários brasileiros em exposições e feiras internacionais que ocorrem no país.
Acordo educacional Brasil-Mongólia
A Mongólia é um país pouco lembrado quando tratamos de negociações internacionais. Ainda assim, ela tem um papel bastante relevante, que foi impulsionado no Brasil graças a um recente acordo educacional. Nele, foi estabelecido que instituições da esfera pública e privada de ambos os países serão beneficiadas por pesquisas e esforços da nação parceira, potencializando seus resultados educacionais.
O acordo abrange não só as instituições de ensino como também professores, alunos do ensino superior, pesquisadores, organizações não governamentais voltadas para a educação e a população brasileira e mongol como um todo. Ele ainda impõe a criação de bolsas de estudos bilaterais para formação na graduação superior, pós-graduação e doutorado, além da possibilidade de intercâmbio.
Graças à sua localização no coração da Ásia, entre China e Rússia, a Mongólia é um ótimo centro de pesquisas. Isso porque ela possui uma gama diversificada de estudos de regiões, climas, tipos de solo e elementos geográficos no geral que não seriam possíveis aqui no Brasil – mas são de grande utilidade para nós no âmbito do desenvolvimento.
Por este motivo, empresas brasileiras que atuam na área de mineração e agricultura, por exemplo, podem ser bastante beneficiadas por este acordo internacional. Afinal terão acesso prioritário a pesquisas promovidas por grupos de intercâmbio e, até mesmo, promovendo viagens ao país com fins de pesquisa e compartilhamento de conhecimento.
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