Uma análise recente do Pew Research Center apontou que metade dos moradores dos Estados Unidos residem em estados onde o consumo de cannabis é legalizado. Segundo o estudo, dos 50 estados, 24 permitem o uso recreativo da substância, 14 permitem apenas seu uso medicinal e 12 restringem seu consumo a produtos com percentuais mínimos de cannabis.
Isso faz com que 74% dos moradores do país morem em um estado que permita o uso legalizado de alguma maneira, mesmo isto sendo ilegal segundo uma lei federal. Este aumento fica ainda mais impressionante se levarmos em consideração que, em 2012, essa porcentagem era zero.
Com o aumento da liberação, obviamente que a arrecadação do mercado de cannabis acompanhou esse crescimento. Nos Estados Unidos, em três anos o total arrecadado quase dobrou, indo de US$ 17,5 bilhões em 2020 para US$ 33,5 bilhões em 2023. A projeção para os próximos 5 anos é que o faturamento chegue a US$ 57 bilhões.
E no Brasil?
Apesar de ainda ser ilegal no Brasil, o mercado de cannabis medicinal está cada vez maior no país, mesmo sendo necessário recorrer à importação. Foram mais de 235 mil autorizações desde que a Anvisa liberou a vinda de medicamentos à base de canabidiol.
Porém, por se tratarem de produtos importados, o custo dos remédios costuma ser bastante elevado, sendo encontrado na faixa de preços de R$ 350 a R$ 2000 reais. Por este motivo, há um movimento político muito grande para que a substância seja legalizada no Brasil, pois seu plantio indiscriminado possibilitaria uma produção menos custosa tanto para as empresas importadoras quanto para o consumidor final.
A previsão é de que, assim que a cannabis for legalizada para uso medicinal, recreativo e industrial, em 4 anos essa indústria irá movimentar cerca de R$ 36 milhões, criando um fator de fortalecimento indispensável na nossa economia.
Fonte: portal Metrópoles