A Pfizer acertou a venda de parte da sua participação na Haleon por cerca de US$4,27 bilhões, passando a ter apenas 22,6% ante aos 32% anteriores. Esta é a primeira vez que a farmacêutica reduz sua participação na companhia, que detém no seu portfólio marcas como Sensodyne e Eno.
A Haleon surgiu em julho de 2019, quando Pfizer fundiu seus negócios de saúde do consumidor com a farmacêutica GSK em uma nova empresa de joint venture. A empresa acabou sendo desfeita em julho de 2022 e listada na Bolsa de Valores, mas Pfizer manteve sua participação de 32% no grupo, porém deixando claro que planejava reduzir essa porcentagem futuramente para maximizar o valor para seus acionistas.
O movimento da Pfizer surge em um momento onde outras gigantes também estão se desfazendo de participações em empresas menores para garantir fundos de investimento em outras. AstraZeneca, AbbVie e Novartis são algumas outras companhias influentes no mercado farmacêutico que fizeram movimentos idênticos, assim como a GSK, que reduziu sua participação na Haleon de 12,9% para apenas 4,2%.
Porém não podemos esquecer que a Pfizer está fazendo aquisições no mercado também. Recentemente, a empresa concluiu sua aquisição da Seagen, empresa especialista em biotecnologia em tratamento de câncer, em uma operação no valor de US$ 43 bilhões.
Atualmente, a Pfizer está vendendo 594 milhões de suas ações na Haleon, em uma média de 308 pence cada, o que representa cerca de 1,83 bilhões de libras esterlinas, ou US$ 2,33 bilhões. Ainda, há a venda de 196,6 milhões de certificados de depósito americanos a US$ 7,85 cada.
Fonte: Valor Econômico