Radar CPX Capital: O que esperar do mercado internacional nas próximas semanas?

Radar CPX Capital: O que esperar do mercado internacional nas próximas semanas?

Nas últimas semanas, as eleições norte-americanas ficaram ainda mais movimentadas do que o costume quando Joe Biden, que concorria à reeleição, desistiu da candidatura. Os sucessivos episódios de confusão mental, que colocavam em xeque sua capacidade de presidir os EUA, resultaram no crescimento exponencial de Donald Trump nas pesquisas eleitorais.

No seu lugar, a atual vice-presidente Kamala Harris “herdou” a vaga à presidência, e elegeu Tim Walz, governador de Minnesota, como seu vice. E o mercado, tanto internacional como norte-americano, demonstrou certo receio com o que está por vir – principalmente porque as pesquisas indicam que a candidata pode vencer o ex-presidente Trump. Segundo projeções de especialistas, tal movimento geraria um cenário completamente diferente do que a eleição do candidato republicano.

Neste artigo, abordamos algumas circunstâncias que são afetadas pela disputa da presidência dos Estados Unidos e quais são as possíveis consequências nos próximos meses.

Os Estados Unidos correm risco de recessão?

Recentemente, investidores do mundo todo ficaram receosos de aportar seu dinheiro nos Estados Unidos diante de dados econômicos alarmantes. O principal deles é o índice de empregos muito abaixo do esperado para 2024. 

O alto desemprego pode indicar empresas com dificuldade de honrar seus pagamentos – o que subentende-se crise econômica – mau momento para se investir em ações norte-americanas e prenúncio de uma recessão.

Ainda que indique instabilidade, especialistas apontam que isso não significa expressamente uma crise como a de 2008.

O fator mais preocupante para especialistas é a Regra Sahm, uma métrica desenvolvida pela economista Claudia Sahm. Essa regra indica que um país está entrando em recessão quando a taxa média de desemprego dos últimos três meses aumenta em meio ponto percentual ou mais em relação ao nível mais baixo dos 12 meses anteriores.

O cálculo se aproxima do cenário recente dos Estados Unidos. A última média de três meses foi de 4,1%, o que representa 0.6% a mais se comparada ao menor nível do ano passado – que foi de 3,5%.

O pessimismo em relação à economia aumentou após o anúncio do FED de que os cortes de juros só ocorrerão em setembro. Esta decisão foi vista como tardia, considerando a crescente falta de confiança dos investidores internacionais nos Estados Unidos.

No entanto, Claudia Sahm afirmou que não é hora de desespero. Embora seu índice aponte para uma recessão, ela acredita que a situação ainda pode ser controlada, pois o aumento das demissões pode ser um fenômeno temporário, refletindo um esfriamento do mercado de trabalho, e não um declínio permanente.

Especialistas sugerem que a melhor estratégia para evitar uma recessão é o FED agir rapidamente, cortando os juros o quanto antes e analisando cuidadosamente as causas do aumento da taxa de desemprego, para desenvolver planos de contenção eficazes antes que a recessão se torne inevitável.

O medo dos investidores

A princípio, a perda de confiança dos investidores pode ter consequências graves, uma das mais preocupantes é o aumento da cautela em cada investimento realizado no país. Mesmo com a entrada contínua de capital, as empresas ficam mais hesitantes em suas decisões, o que afeta tanto a quantidade de investimentos quanto a duração do interesse no país.

Com as eleições a apenas três meses de distância e a incerteza sobre o candidato favorito, é provável que muitos dos investimentos feitos nos Estados Unidos daqui para a frente tenham um prazo mais curto. O objetivo com isso é garantir retornos mais previsíveis, já que o mercado pode reagir de maneiras diferentes dependendo de quem será o próximo presidente.

A longo prazo, essa dinâmica de investimentos mais voláteis, é prejudicial para o país, pois diminui a previsibilidade dos fundos retidos, afetando diretamente a estabilidade da taxa de câmbio. Quanto maior a retenção da moeda, mais forte a economia se torna. Embora os Estados Unidos sejam uma das maiores potências econômicas, essa política de retenção é crucial.

Além disso, o receio das empresas e investidores em aplicar capital no país pode gerar uma “corrente” de descredibilidade, levando outros investidores, já consolidados nos EUA, a reconsiderar sua permanência.

O que esperar de Kamala x O que esperar de Trump

Como mencionado, os governos de Donald Trump e Kamala Harris representam políticas completamente distintas, com impactos diferentes no mercado.

Uma vitória de Kamala Harris poderia beneficiar o Brasil. Enquanto Trump adota uma postura protecionista, favorecendo negócios nacionais, Kamala tende a abrir o mercado para investimentos globais – incluindo a América Latina – propondo incentivos fiscais para fortalecer negócios de exportação nos EUA. Nesse cenário, as empresas norte-americanas poderiam buscar negociações mais favoráveis e de baixa taxação, antecipando uma concorrência mais acirrada.

Por outro lado, uma vitória de Trump traria alívio para os empreendedores norte-americanos, com um mercado mais rigoroso para novos negócios. Isso não necessariamente resultaria em juros mais altos ou hipervalorização do dólar, mas poderia reduzir o interesse em facilitar negociações, já que as empresas se sentiriam mais protegidas.

No governo Trump, cortes de juros menores poderiam encarecer as negociações e intensificar a onda de demissões. Empresas, temendo o aumento dos custos, poderiam reduzir a força de trabalho e encerrar negociações internacionais.

Kamala Harris, por sua vez, representa um cenário menos inflacionário, mas com um aumento esperado no gasto público. Se sua liderança se consolidar, as empresas norte-americanas podem adotar uma postura cautelosa inicialmente, ajustando suas estratégias conforme suas políticas se estabilizam. Isso significa que a expectativa de um “mercado mais receptivo” pode ou não se concretizar, dependendo da força dos incentivos financeiros às empresas estrangeiras.

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