Se você deixou passar alguma notícia sobre o mercado de câmbio no último mês, não se preocupe!
Aqui você vai acompanhar quais são os últimos acontecimentos sobre câmbio do mês julho, com informações atualizadas para guiar os próximos movimentos da sua empresa. Continue a leitura!
Dólar sofre a maior queda no primeiro semestre desde 2016
No primeiro semestre de 2023 o dólar passou por uma desvalorização que não se via desde 2016. Segundo o dólar Ptax para venda, índice de referência para as operações de câmbio, a moeda estadunidense recuou de R$5,23 para R$4,77 na última semana de junho. Este é o menor patamar do câmbio desde maio de 2022.
Isto representa um recuo de 8,38% da cotação no período de 1º de janeiro a 19 de junho de 2023, o maior declínio em um primeiro semestre desde 2016. Esta notícia torna o Brasil um destino mais atraente para capital estrangeiro, favorecendo empresas que trabalham com importação e exportação.
“Temos reservas cambiais bastante robustas e uma certa estabilidade política e econômica, que muitos países emergentes não têm”, declarou Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank, em entrevista para a CNN Brasil
Dólar fecha estável em dia de ajustes
O dólar encerrou julho com valor estável em relação ao real. A moeda terminou o dia cotada a R$4,7295, apresentando recuo de 0,03%, um valor praticamente inalterado desde o fechamento do mês de junho.
Apesar da arrancada do Ibovespa, o clima foi de cautela quanto ao futuro. Principalmente pela expectativa de qual seria a magnitude do corte da Selic, anunciado na primeira semana de agosto.
O dólar à vista encerrou o mês com queda de 1,25%, graças ao otimismo do mercado externo com o Brasil. Em 2023, o dólar já acumula perdas de 10,43%.
Mercado projeta continuidade do dólar abaixo de 5 reais para este ano
Segundo boletim Focus, divulgado excepcionalmente no dia 25 de julho, é consenso entre economistas brasileiros que o dólar permanecerá abaixo de R$5 durante o ano de 2023. O mercado vinha projetando a moeda estadunidense acima deste valor para este ano desde fevereiro de 2021.
O que gerou esta onda de otimismo entre os economistas foi a melhora da percepção fiscal do Brasil com o avanço de pautas econômicas no Congresso – além do PIB e balança comercial acima das expectativas.
Mesmo assim, essa perspectiva de queda não é prolongada para os próximos anos. Economistas preveem dólar a R$5,05, em 2024, R$5,12, em 2025 e R$5,20, em 2026.
Argentina e FMI iniciam acordo sobre renegociação da dívida
Em reunião realizada em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Ministério da Economia da Argentina iniciaram um acordo pela renegociação da dívida do país vizinho.
A dívida teve início em 2018, no governo de Maurício Macri, quando o ex-mandatário solicitou ao Fundo o empréstimo de 50 bilhões, em razão das dificuldades fiscais que o país enfrentava na época.
Com o acordo, a cotação do dólar na Argentina sofrerá mudanças como parte de uma estratégia para arrecadação de moeda estrangeira. Uma das iniciativas do governo é a implementação do PAIS, imposto de 30% sobre algumas importações, com o intuito de evitar a saída de moeda estrangeira do país.
Com a adesão deste novo imposto, o dólar para compras no exterior passa a ser cotado em 350 pesos, equivalente a R$6,10. Esta medida impacta diretamente as negociações de todas as empresas com atuação na Argentina.
Banco Popular da China se compromete a evitar grandes flutuações na taxa de câmbio do yuan
No mês de julho, o Banco Popular da China se comprometeu a tomar medidas para evitar a flutuação acentuada da taxa de câmbio do yuan. A nota emitida pela instituição ainda reitera que a taxa de câmbio da moeda chinesa não estará sujeita a flutuações unilaterais.
A declaração, anunciada por Liu Guoqiang, vice-governador da instituição, é uma evidência da confiança do governo chinês na estabilidade da taxa de câmbio do yuan. A economia chinesa continua em franco crescimento e nem mesmo a recente desvalorização da moeda em relação ao dólar estadunidense abalou a confiança dos chineses.
A expectativa do governo chinês, aliás, é de que o yuan se fortaleça ainda mais durante o segundo semestre em relação ao dólar estadunidense. Tal comportamento ajudará a estabilizar a taxa de câmbio da moeda chinesa em nível de valorização no curto prazo.
Ex-funcionário do Tesouro dos EUA estima que China possui reservas cambiais escondidas
Em publicação feita no site The China Project, o ex-funcionário do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Brad Setser, afirmou que a China possui reservas cambiais escondidas em “bancos paralelos” – empresas que atuam como instituições financeiras mas não são regulamentadas como tal.
Segundo Setser, a estimativa é que a China tenha reservas cambiais de US$6 trilhões, quase o dobro do fundo de US$3,12 trilhões declarado pela gigante asiática. Ele chegou a esta conclusão após avaliar que tais reservas tiveram uma diminuição brusca de crescimento nos últimos 10 anos.
“De 2002 a 2012, as reservas cambiais da China aumentaram constantemente, pois o Banco Central comprou ativos em dólares americanos para evitar que o yuan se valorizasse muito. Mas, de 2013 para cá, houve uma estranha diminuição desse crescimento, mesmo que o superávit do país esteja no seu nível mais alto”, disse na publicação.
Se a suposição de Setser estiver correta, esta é uma atitude que pode impactar de forma significativa o mercado internacional, visto que uma grande quantia de dólar não declarado está “presa” a um único país.
Nova avaliação do Brasil por agência de risco beneficia a imagem do país no exterior
Após a Agência Fitch Ratings elevar a nota do Brasil para BB, a confiança do mercado exterior sobre nosso país aumentou, trazendo impactos positivos para o cenário nacional.
Além da atração de olhares dos grandes países importadores, a elevação do patamar do Brasil no mercado exterior impactou na baixa do dólar e trouxe mais pressão para o corte da Selic – cuja queda em 0,50 ponto percentual foi anunciada na última quarta-feira, 2.
A Fitch também elevou a previsão de crescimento do Brasil, em 2023, de 0,7% para 2,3%. O bom volume de produção agrícola, mercado de trabalho aquecido, crescimento do crédito e controle de gastos promovidos pelo governo foram alguns dos pontos avaliados para determinação do resultado.
Ibovespa encerra julho com maior rali desde 2021
O fim do mês de julho chegou com um bom índice para o Ibovespa: o rali atingiu 122.560,38 pontos no último dia 26. Este nível não era alcançado desde 10 de agosto de 2021, quando o índice atingiu 122.202 pontos.
Julho foi o quarto mês consecutivo que o índice fechou com rentabilidade positiva, avançando 11,13%. Segundo a plataforma TradeMap, no período, o Ibovespa liderou todos os índices da amostra, registrando uma valorização de 3,27%, seguido pela Small Caps com 3,12% e o IDIV com 2,84%.
Segundo especialistas da Ágora Investimento, este ambiente favorável para a Bolsa só foi possível graças à continuidade do movimento positivo global, em sincronia com acertos internos, como a desaceleração da inflação e o avanço da reforma tributária.
Petrobrás observa cenário internacional e fará reajustes quando for necessário
No final de julho, a Petrobrás declarou, via fato relevante, que observa o mercado internacional e fará reajustes apenas quando for necessário. A manifestação surge em meio à defasagem dos preços praticados pela companhia.
Segundo a empresa, a elevação dos preços foi ocasionada devido a demanda de energia e oferta de combustíveis causada pelo “momento de incertezas quanto à recuperação da economia global”.
De acordo com o documento da organização, os ajustes são realizados levando em conta “a análise de preços competitivos”, e é uma tentativa de promover o equilíbrio com os mercados nacional e internacional.
Ainda consta no fato relevante emitido que os futuros reajustes estarão sujeitos a análises técnicas e independentes, e só serão praticados se for constatado sua necessidade.
Copom enfrenta expectativas inflacionárias mais baixas para este ano e próximo, segundo Focus
Segundo Boletim Focus divulgado em 31 de julho, o Copom vai se deparar com expectativas mais baixas para 2023 e 2024. A projeção para o IPCA voltou a recuar, indo de 4,90% para 4,84%, o que corresponde a 0,09 ponto percentual acima do teto da meta para este ano.
Para 2024, a projeção baixou marginalmente de 3,90% para 3,89%. Em junho, a expectativa era de 3,92%. Esses serão os parâmetros utilizados pelo Copom nas próximas decisões do comitê, porém eles podem rever tais predefinições futuramente, a depender das circunstâncias econômicas do país.
O Copom ainda se reuniu, nos dias um e dois de agosto, para discutir outras medidas importantes para a economia do país, incluindo uma nova definição da taxa – que chegou a marca de 13,25% ao ano.
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